Sumário
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Responsabilidade social empresarial
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Quatro modelos de responsabilidade social
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A partir de 1980 nos Estados Unidos, surgiu um movimento de extrema direita ou neoliberal que visa colocar na mão dos
empresários a agenda social, que passaram a determinar quais projetos sociais deveriam receber recursos capitalistas, chamada
de Responsabilidade Social Empresarial. As empresas americanas começaram a decidir quais projetos financiar, especialmente
as que mais enalteceriam as marcas e a imagem corporativa de suas empresas. Isto gerou uma competição empresarial com entidades
como Exército da Salvação e Cruz Vermelha pelo "share of mind" de consumidores e doadores, que prejudicou sensivelmente as
entidades que dependem exclusivamente de suas marcas para angariar recursos. Nem todos os empresários aderiram a esta
concepção neoliberal, preferindo continuar a criar Fundações separadas de suas empresas para não incentivar o uso de entidades
beneficientes na estratégia de marketing das empresas. Bill Gates, por exemplo, criou a Fundação Bill e Melinda Gates que
cuida de vacinação infantil em vez de criar um Instituto Microsoft. A Responsabilidade Social da Microsoft seria fazer um
bom software, respeitando o meio ambiente e as leis do país. "Ajudar" os outros seria função dos acionistas na pessoa física,
nunca na juridica. Fruto desta tendência neoliberal a maioria das empresas no Brasil tem evitado projetos sociais polêmicos
como prostituição infantil, ou temas que não complementam a marca da empresa, como Câncer, Doenças Terminais, Estupro, Velhice,
Pobreza, Cegueira e assim por diante, preferindo Criança e Educação.
Responsabilidade social empresarial
Responsabilidade social empresarial segundo o Instituto Ethos, é a forma ética e responsável que a empresa desenvolve
todas as suas ações, suas políticas, suas práticas, suas atitudes, tanto com a comunidade quanto com o seu corpo funcional.
Enfim, com o ambiente interno e externo à organização, e com todos os agentes interessados no processo. Responsabilidade
social é um conceito relacionado à execução de ações de cunho social, de forma continuada, através da adoção de práticas responsáveis
dentro da cadeia de negócios das empresas, envolvendo fornecedores, clientes, funcionários e outros públicos, visando promover
uma melhoria contínua e auto-sustentável na qualidade de vida da sociedade.
No Brasil, a responsabilidade social das
empresas tem sido amplamente debatida, sobretudo na última década, por Duarte e Dias (1986), Melo Neto e Fróes (1999, 2001),
Instituto ETHOS e SEBRAE (2003), Ashley (2004), entre outros. Cabe destacar as contribuiçoes acadêmicas , como a Tese de Doutorado
de Fernanda Gabriela Borger: "Responsabilidade social: efeitos da atuaçao social na dinâmica empresarial", 2001.
Quatro modelos de responsabilidade social
Em termos de responsabilidade Social e, consequentemente, de cidadania corporativa, as atividades de negócio podem ser
agrupadas em quatro tópicos: 1) Os negócios são amorais, baseados em geração de lucros e não possuem qualquer outra responsabilidade
além das suas obrigações econômicas e legais. 2) Os negócios são uma atividade moral, baseados em geração de lucros e
possuem a obrigação de atuar na melhoria social, significa a melhoria de toda a sociedade. 3) Os negócios são uma comunidade,
baseada em uma identidade corporativa, que pode existir apenas pelo lucro. 4) Um negócio é uma rede, não possui uma identidade
corporativa e nem moral nem amoral em seu propósito, ele é fluido e pode ser transitório e baseado em gestão de projetos.
5) Responsabilidade social não é só uma responsabilidade do estado mas sim de todo cidadão.
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